terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Rolha com “impressão digital” para evitar fraudes

Numeração na rolha promete impedir fraudes
Produtores de alguns dos mais celebrados vinhos do mundo sempre se preocupam com as fraudes. Assim, ajudam a desenvolver tecnologias para evitar que rótulos falsificados atinjam o mercado e prejudiquem sua imagem. Com o tempo, muitos começaram a numerar garrafas, usar selos específicos e rótulos que impedem cópias. Agora, porém, um produtor de rolhas da Itália desenvolveu e patenteou um método que “garante a autenticidade do vinho”.
 
A empresa Brentapack criou o sistema IDCork, que coloca códigos individuais nas rolhas permitindo que os consumidores acessem detalhes da história do vinho por um aplicativo. O sistema se baseia na convicção de que os rótulos podem ser copiados, mas as rolhas não. “A composição da rolha é como uma impressão digital, os pequenos buracos, as rachaduras, isso faz com que sejam únicas”, aponta a porta-voz da empresa, Anna Michelazzo.
 
Essas rolhas são impressas com um número pessoal e fotografadas de vários ângulos. Essa informação pode ser escaneada para uma base de dados com detalhes de onde e quando a rolha foi feita, além de características individuais. “Daí, as vinícolas (que compraram as rolhas) vão para a base de dados e inserem todas as informações de que gostariam. Por exemplo, de onde os vinhos vêm, quando as rolhas foram inseridas, a marca, a região, a safra, o blend e a foto da garrafa”, diz Michelazzo.
 
Gianni Tagliapietra, CEO da Brentapack, acredita que esse sistema pode impedir uma prática cada vez mais comum, que é encher garrafas vazias de vinhos famosos com líquidos menos nobres. “É uma rolha normal, portanto, é difícil tirá-la e colocá-la novamente sem danificá-la”, diz. Se houver suspeitas, a rolha também pode ser analisada nos laboratórios da empresa.

As IDCorks custam cerca de 10% mais do que as rolhas convencionais e a empresa pretende produzir cerca de 50 milhões delas por ano. No futuro, elas terão um sistema de rastreamento por GPS, assim as vinícolas poderão saber que uma garrafa foi aberta quando e onde o aplicativo for acessado. “Eles podem aprender mais sobre o seu mercado”, finaliza Michalezzo.

Fonte: Revista Adega

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