quinta-feira, 28 de julho de 2016

Tem um Pêra Manca na adega? Confirme que não é falso

No seguimento da apreensão de 1700 garrafas falsificadas do tinto Pêra Manca, a Fundação Eugénio de Almeida – Adega Cartuxa explica que técnicas utiliza para preservar a autenticidade do vinho.

ASAE divulgou ontem que, em colaboração com a Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal, apreendeu uma carrinha com 1700 garrafas do vinho Pêra Manca, no valor de 250 mil euros. Estas garrafas seriam “da colheita de 2010, com os rótulos, contra rótulos e cápsulas contrafeitas”.
 
Segundo a Fundação Eugénio de Almeida, esta não é a primeira vez que a Adega Cartuxa é vítima de uma tentativa de falsificação do seu vinho tinto Pêra Manca. Em 2013, uma investigação da ASAE levou à apreensão de garrafas falsas no freeshop do Aeroporto de Lisboa. A operação denominada “Operação Premium” terminou em janeiro de 2015 por não terem sido encontradas mais vinhos falsificados.
 
Para prevenir este tipo de fraude, a Adega Cartuxa desenvolveu, em conjunto com a Imprensa Nacional Casa da Moeda, um selo que garante a autenticidade do vinho.
 
O sistema consiste num código alfa-numérico único associado à utilização de uma imagem holográfica, incorporado na cápsula da garrafa, que pode ser validada no site da Adega, dando assim a garantia de aquisição de uma garrafa original. Nem mesmo as gráficas mais sofisticadas são capazes de reproduzir o holograma presente no selo.
 
Este selo foi utilizado pela primeira vez na colheita de 2011 e permite validar a autenticidade de cada uma das 31 mil garrafas lançadas no mercado no final de 2015. Cada uma destas garrafas foi numerada, e neste selo consta também um código único, composto por letras e algarismos, que só por si garantem que o vinho não é falso. Além disso, o código possibilita a emissão de uma ficha técnica comprovando que o mesmo corresponde a uma garrafa original de Pêra Manca de 2011, e continuará a ser utilizado em colheitas futuras.
 
“Embora este selo tenha sido utilizado pela primeira vez na colheita de 2011 – lançada para o mercado no final de 2015 - a Fundação Eugénio de Almeida sempre teve preocupações com a contrafação. Tanto assim que para dificultar tentativas de imitação elegeu para este vinho, lançado apenas em anos excecionais, uma garrafa bordalesa troncocónica, utilizada apenas para vinhos topo de gama. Optou por numerar todas as suas garrafas e escolheu um papel para os seus rótulos com uma textura e coloração exclusivas. Esta solução permitiu a que qualquer tentativa de imitação tenha resultado sempre em cópias grosseiras”, relembra José Mateus Ginó, Administrador Executivo da Fundação Eugénio de Almeida.

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