terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sementes (e não a casta) fazem vinho ser mais saudável, será?

O vinho tinto tem recebido muita atenção nos últimos anos, sendo sempre alvo de pesquisas que o atrelam a hábitos saudáveis e prevenção de doenças. Mas, o que há na bebida que faz com que, quando consumida com moderação, proteja o coração, reduza o colesterol ruim e previna a formação de coágulos sanguíneos.
 
Recentemente, químicos uruguaios descobriram o segredo da uva tinta símbolo do país, a Tannat. Eles mapearam seu genoma e descobriram que ela contém grande quantidade de procianidinas, uma classe de flavonoides.
 
Segundo Roger Corder, professor na Queen Mary University de Londres, autor da “Dieta do vinho tinto”, fez a descoberta e confirma que a Tannat tem três ou quatro vezes mais procianidinas do que a Cabernet Sauvignon. Ele diz ainda que, isso, junto com a alta concentração de taninos, que combatem o envelhecimento das células, está por trás das propriedades saudáveis da uva.
 
Para o cientista, há poucas evidências de que o resveratrol seja um ingrediente importante. “É um mito. A maioria dos vinhos tintos contém quantidade insignificante de resveratrol e os que contêm algo, tem muito pouco para ter qualquer efeito”, aponta.
 
Ele acredita que a chave está nas sementes e não na casta das uvas. “Quando as uvas são fermentadas por várias semanas é quando os flavonoides são liberados das sementes e isso se desenvolver em moléculas mais complexas”, afirma, lamentando que a vitivinicultura de hoje não tenha tanto tempo de fermentação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário