Cabernet Sauvignon
| É uma antiga cultivar da região de Bordeaux, França, hoje plantada com sucesso em muitos países vitícolas. É uma uva de cultivar muito vigorosa e medianamente produtiva. Em vinhedos bem conduzidos obtêm-se uvas aptas à elaboração de vinhos típicos, que podem evoluir em qualidade com alguns anos de envelhecimento. Principais descritores aromáticos: pimentão verde, violeta, amora, cassis, ameixa, coco, baunilha, couro, cacau e tabaco. |
Merlot
É uma uva também originária da Região de Bordeaux. Possui cacho geralmente alado de tamanho médio e bagas pequenas. Quando elaborado com uva madura, seu vinho é redondo, aveludado, potente, rico em álcool e de coloração intensa. Devido à sua constituição fenólica, pode ser fermentado e amadurecido em barrica de carvalho. É um vinho que pode ser consumido puro ou cortado com outros varietais, principalmente, com o Cabernet Sauvignon. Principais descritores aromaáticos: os mais complexos lembram trufas e são frutados, com características de ameixa, cereja preta, framboesa e groselia. |
Barbera
| `Barbera` é originária da região norte da Itália. Além de grande expressão em seu país de origem, a `Barbera` também é cultivada na Argentina e no Brasil. Foi introduzida no Rio Grande do Sul no início do século XX, e seu cultivo se difundiu na Serra Gaúcha, a partir de 1925. Foi a principal vinífera tinta da região até 1983. A partir daí, cedeu espaço para viníferas tintas francesas como ´Cabernet Franc`, ´Merlot` e ´Cabernet Sauvignon`. É uma cultivar produtiva e bem adaptada no Rio Grande do Sul. A uva normalmente atinge elevado teor de açúcar e apresenta acidez também elevada. É sensível às podridões do cacho, havendo prejuízos em anos chuvosos durante o período de maturação. Origina vinho rico em extrato, com coloração intensa e acidez elevada. Com estas características, a `Barbera` poderia ser uma boa opção de uva tinta para a região nordeste do Brasil. |
Pinot Noir
| O berço da `Pinot Noir` é a Borgonha, na França, onde é utilizada para a elaboração de vinhos tintos de alto conceito. Também ocupa lugar de destaque na região da Champagne, originando, juntamente com a `Chardonnay`, os famosos vinhos espumantes da região. É uma cultivar precoce, de ciclo curto, e por isso muito difundida em vários países da Europa setentrional. Foi introduzida no Brasil há mais de setenta anos, permanecendo nas coleções ampelográficas das estações experimentais. |
Pinotage
| ´Pinotage`é resultante do cruzamento ´Pinot Noir`x ´Cinsaut`, realizado na África do Sul pelo Prof. Peroldt, em 1922. Ela só foi propagada para testes em áreas comercias em 1952, e em 1959 foi consagrada ganhando o concurso de vinhos jovens da cidade do Cabo. O nome ´Pinotage` é uma combinação dos nomes ´Pinot` com ´Hermitage`, sendo esta uma denominação usada para a Cinsaut na África do Sul. É produtiva, resistente a podridões do cacho e apresenta ótimo potencial glucométrico, atingindo, normalmente, 20ºBrix a 22ºBrix, com uma acidez total ao redor de 110 mEq/L. Origina vinho frutado, apto a ser consumido jovem. |
Bonarda
| É uma cultivar da região norte da Itália. Com o incremento na difusão das viníferas francesas, a partir da década de 1970, a `Bonarda` foi desvalorizada no mercado, verificando-se rápida diminuição de sua área cultivada. É uma cultivar de brotação precoce, vigorosa e produtiva. Normalmente atinge boa graduação glucométrica, 19ºBrix a 20ºBrix, e origina vinho com boa cor e rico em extrato. |
Cabernet Franc
Cultivar francesa da região de Bordeaux. `Cabernet Franc` adapta-se muito bem às condições da Serra Gaúcha, é medianamente vigorosa e bastante produtiva, proporcionando colheita de uvas de boa qualidade, atingindo facilmente 18ºBrix a 20ºBrix, em vinhedos bem conduzidos. Origina vinho com tipicidade, apropriado para ser consumido ainda jovem. Em anos menos chuvosos durante o período de maturação o vinho é mais encorpado e tem coloração mais intensa, apresentando considerável evolução qualitativa com alguns anos de envelhecimento. Na região do Vale do Loire, na França, é utilizada para a elaboração de vinhos rosados de alta qualidade. |
Gamay
| A Gamay é originária da Borgonha, frança. O cacho é pequeno e as bagas são de tamanho médio. O vinho geralmente jovem, fresco e com acidez relativamente elevada. O corpo é magro devido a uma franca composição em taninos. A cor varia de púrpura a violeta e sua intensidade é de média a fraca. É um vinho para ser consumida jovem, mas há produtos de qualidade e com características para o envelhecimento. Principais descritores aromáticos: frutas vermelhas, como o morango. |
Syrah
| Também conhecida como Shiraz, há até pouco tempo sua origem era desconhecida. Entretanto, segundo estudos recentes feitos com DNA, é provavelmente o cruzamento natural entre as variedades Mondeuse Blanche (branca e originária do Departamento de Savoie) e Dureza (tinta e originária do Departamento de Ardèche) e provavelmente ocorrido na Região do Vale do Rio Rhône, França. O cacho é de tamanho pequeno a médio e as bagas são pequenas. Quando elaborado com uva madura, o vinho tem potencial alcoólico, é apto ao envelhecimento e de ótima qualidade. Possui cor intensa, é aromático, fino e complexo. É tânico, estruturado e com acidez adequada. Não confundir com a Petite Sirah que, também segundo estudos recentes com DNA, é uma denominação qua na Califórnia engloba ema série de variedades, como a Durif, Pelorsin e Pinot Noir. Principais descritores aromáticos: trufas, tabaco, alcaçus e frutas vermelhas - groselha, mirtilo e framboesa - floral e especiarias. |
Tannat
A Tannat é originária da Região Basca, sudoeste da França. Tem cacho grande e bagas médias ou pequenas. Hoje, é o vinho emblemático do Uruguai. É muito rico em compostos fenólicos, estruturado e de coloração muito intensa. Geralmente ácido, duro e nervoso. Se a uva é madura, o vinho envelhecido em barrica de carvalho torna-se relativamente redondo, mais suave e agradável. Sua coloração o credencia para ser usado tanbém em cortes com outros vinhos deficientes em cor. Tem características que permitem envelhecimento prolongado. Principais descritores aromáticos: frutas vermelhas, cassis, framboesa, ameixa e marmelo, caramelo e especiarias. |
Tempranillo
A Tempranillo é uma variedade originária de Rioja, Espanha, mas também em Portugal, com outras denominações. O tamanho do cacho varia de médio a grande e as bagas são médias. O vinho pode ser fino e complexo, é de boa qualidade, cor intensa e bem estruturado, mas geralmente com pouca acidez. Principais descritores aromáticos: frutas vermelhas - framboesa e morango - especiarias e tabaco. |
Touriga Nacional
Originária de Portugal, possui cachos e bagas de tamanho médio. É utilizada na elaboração dos vinhos do Porto de qualidade e, também, de vinhos não-licorosos. O vinho é complexo e potente, com bom corpo, boa estrutura fenólica, cor relativamente intensa, podendo ser envelhecida por longo tempo. Principais descritores armáticos: aroma frutado, principalmente, de cassis. |
Sangiovese
A Sangiovese é originária da Toscana, Itália, possui cachos e bagas de tamanho médio. É utilizada na elaboração de vinhos Chianti e nos chamados Supertoscanos. É um vinho jovem para ser consumido no dia a dia, de corpo médio, tem uma cor vermelha rubino, tênue e agradável e de sabor enxuto e harmônico. Principais descritores aromáticos: Concentra aromas de amoras silvestres e carvalho. |
Bordô
| É uma cultivar selecionada em Ohio, Estados Unidos, por Henry Ives, a partir de sementeira estabelecida em 1840. Tem importância comercial só no Brasil, onde foi introduzida em 1904, procedente de Portugal. Foi inicialmente difundida no Rio Grande do Sul, depois em Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. É uma cultivar muito rústica e resistente a doenças fúngicas, normalmente plantada de é-franco. A uva apresenta alta concentração de matéria corante, motivo principal de sua significativa difusão. Origina vinho e suco intensamente coloridos que, em cortes, servem para a melhoria da cor dos produtos à base de `Isabel` e de `Concord`. Participa, embora em pequena escala, do mercado de uvas in natura, sendo utilizada como uva de mesa e também para a elaboração de suco de uva caseiro. |
Concord
| Tradicional cultivar de Vitis labrusca, a ´Concord` é originária de Massachussets, Estados Unidos, onde foi a uva mais popular no final do século XIX, sendo utilizada para consumo in natura e para a elaboração de vinho e de suco. É uma cultivar de alta rusticidade, normalmente cultivada de pé-franco e, muitas vezes, dispensando tratamentos com fungicidas. Para a obtenção de boas produções comerciais, entretanto, normalmente são feitas algumas pulverizações. ´Concord` é relativamente precoce, medianamente vigorosa e bastante produtiva quando bem cultivada. O teor de açúcar é baixo, entre 13ºBrix e 16ºBrix. Entretanto, pelas suas características de aroma e sabor, ainda é a cultivar preferida para a elaboração de suco. |
Isabel
| A `Isabel` é tida como um híbrido natural de Vitis labrusca x Vitis vinifera. Segundo registros, originou-se de semente na Carolina do Sul, Estados Unidos, antes de 1800. Daí foi levada para o norte por Isabella Gibbs, expandindo-se rapidamente na costa leste do país. `Isabel` é uma cultivar de alta fertilidade e rusticidade, proporcionado colheitas abundantes com poucas intervenções de manejo. Tem o sabor característico das labruscas, adaptando-se a todos os usos: é consumida como uva de mesa; usada para a elaboração de vinhos branco, rosado e tinto, os quais, muitas vezes, são utilizados para a destilação ou para a elaboração de vinagre; origina suco de boa qualidade; pode ser matéria prima para o fabrico de doces e geléias. |
Fontes: CD Cadastro Vitícola Embrapa Uva e Vinho; Manual do Vinho
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