Eu e Juberlan pegamos a estrada no último final de semana e até chegar ao nosso destino final: Triunfo, pudemos observar 3 diferentes vegetações, a do litoral e zona da mata, a do agreste e por fim a da caatinga, a qual é típica do sertão nordestino, onde algumas das árvores nela encontradas assemelham-se, coincidentemente, ao "Palo Alto" (tipo de vegetação que se desenvolve bem em solos secos, rochosos e pouco férteis), árvore que estampa o rótulo do vinho que degustamos no restaurante da pousada Baixa Verde e que é o nome popular do Espinheiro, um arbusto nativo do Chile que possui flor e espinhos e que cobrem as colinas do Vale do Maule.
Quando estávamos na estrada tivemos o prazer de ver a paisagem da caatinga modificando-se após alguns breves períodos de chuvas, que infelizmente já estão por findar, mas que deixam no ar aquele agradável "cheiro de chuva" (areia molhada) e que pode ser encontrado em alguns vinhos. Outro aroma que pairava no ar era o de madeira, também presente em uma boa parcela de vinhos e que quando aparece de forma delicada tornam o líquido primoroso.
Quando estávamos na estrada tivemos o prazer de ver a paisagem da caatinga modificando-se após alguns breves períodos de chuvas, que infelizmente já estão por findar, mas que deixam no ar aquele agradável "cheiro de chuva" (areia molhada) e que pode ser encontrado em alguns vinhos. Outro aroma que pairava no ar era o de madeira, também presente em uma boa parcela de vinhos e que quando aparece de forma delicada tornam o líquido primoroso.
A Viña Palo Alto nasceu em 2006, no Vale do Maule, sendo uma das subsidiárias da gigante Concha y Toro. Na ocasião, foi criado seu primeiro vinho, o Palo Alto Reserva: um blend de três fantásticas uvas: cabernet sauvignon, caménère e syrah. Este blend é criado a partir de uvas originárias de três vinhedos específicos do Vale do Maule: San Clemente (Cabernet Sauvignon); Villa Alegre (Shiraz) e Pencahue (Carmenere) com uma vinificação clássica e afinamento em barricas de carvalho francês e americano por 8 meses.
Fomos jantar no restaurante de outra simpática pousada da cidade: Baixa Verde, que além do bom atendimento dispensou o a taxa de rolha. A harmonização ficou por conta de uma picanha argentina na chapa e de um bode guizado.
Mas chega de conversa e vamos ao vinho. Visualmente mostrou uma cor rubi escura e intensa, halo violáceo e lágrimas finas e rápidas. No nariz o herbáceo e a madeira destacam-se desde o início, mas também se percebem notas de fruta vermelha e chocolate meio amargo, porém muito sutil e, escondidas por trás dos aromas de pimentão. Em boca o vinho mostrou taninos redondos, acidez em boa intensidade e álcool na medida. Repetiu a madeira e o herbáceo, que incomodou do início ao fim da garrafa. Final de boca seco de boa intensidade, mas com a nota herbácea aparecendo no retrogosto.
Não é um vinho ruim, mas também não é aquele vinho que se degusta com frequência. A carménère de alguns terroir possui essas notas de pimentão em demasia e apesar de ser a uva emblemática do Chile, ainda se faz necessário mais esmero no seu uso, pelo menos para meu paladar.
Quem for de Pernambuco e ainda não conhece a região agende sua viagem e leve seus vinhos, pois as cartas de vinhos são praticamente inexistentes; uma boa pedida é no período do circuito do frio e para quem é de outros estados e quer conhecer outros ares vale a pena pegar a estrada e dar um pulinho na região de serra no meio do sertão nordestino.
Hospedamo-nos na agradável pousada Café do Brejo, situada em um em uma área de vale na entrada da cidade. A pousada possui uma grande área e nela se destacam os pavões e as fruteiras. No período mais frio as noites são de um friozinho muito convidativo para uma boa garrafa de vinho e o amanhecer deve ter bastante neblina, que certamente proporciona um ar agradável e bucólico para o café da manhã.
Fomos jantar no restaurante de outra simpática pousada da cidade: Baixa Verde, que além do bom atendimento dispensou o a taxa de rolha. A harmonização ficou por conta de uma picanha argentina na chapa e de um bode guizado.
Mas chega de conversa e vamos ao vinho. Visualmente mostrou uma cor rubi escura e intensa, halo violáceo e lágrimas finas e rápidas. No nariz o herbáceo e a madeira destacam-se desde o início, mas também se percebem notas de fruta vermelha e chocolate meio amargo, porém muito sutil e, escondidas por trás dos aromas de pimentão. Em boca o vinho mostrou taninos redondos, acidez em boa intensidade e álcool na medida. Repetiu a madeira e o herbáceo, que incomodou do início ao fim da garrafa. Final de boca seco de boa intensidade, mas com a nota herbácea aparecendo no retrogosto.
Não é um vinho ruim, mas também não é aquele vinho que se degusta com frequência. A carménère de alguns terroir possui essas notas de pimentão em demasia e apesar de ser a uva emblemática do Chile, ainda se faz necessário mais esmero no seu uso, pelo menos para meu paladar.
Quem for de Pernambuco e ainda não conhece a região agende sua viagem e leve seus vinhos, pois as cartas de vinhos são praticamente inexistentes; uma boa pedida é no período do circuito do frio e para quem é de outros estados e quer conhecer outros ares vale a pena pegar a estrada e dar um pulinho na região de serra no meio do sertão nordestino.
O Rótulo
Vinho: Palo Alto Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon (50%), Carménère (30%) e Syrah (20%)
Safra: 2010
País: Chile
Região: Vale de Maule
Produtor: Palo Alto
Graduação: 13,5%
Onde comprar em Recife: DLP
Preço médio: R$ 35,00
Temperatura de serviço: 16º
Premiações: Medalha de Ouro no Mundus Vini, Medalha de Bonze na International Wine & Spirit Competition e 87pts da Descorchados.