Alemanha
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Está na nona posição do ranking mundial em produção de vinho. A Alemanha que exportou para o Brasil, na década de 90, os vinhos brancos adocicados da garrafa azul de baixa qualidade, também é responsável pela produção dos melhores vinhos brancos e de sobremesa do mundo. O clima frio explica a predominância dos brancos e a Riesling é a estrela absoluta.
Principais Regiões
São onze no total; nove delas ao longo do Rio Reno: Ahr, Baden, Franken, Hessiche, Bergstrasse, Mittelrhein, Mosel-Saar-Ruwer, Nahe, Rheingau, Rheinhessen, Pfalz e Württemberg.
Cada região (Anbaugebiet) pode ser dividida em: distritos (Bereiche); grupos de vinhedos (Grosslagen); e vinhedos únicos (Einzellagen). Os melhores vinhos são da Einzellagen, são 2600 ao todo. No rótulo, as Einzellagen e Grosslagen são sempre precedidas do nome da aldeia onde se localiza o vinhedo. Exempo: o vinhedo (Einzellagen) chamado Mäuerchen associado ao nome da cidade Geisenheim aparecerá no rótulo desta maneira: Geisenheim Mäuerchen.
Principais uvas: Tintas - spätburgunder (parente da pinot noir), blauer, portugieser, dornfelder, trollinger; Brancas - riesling, sylvaner, scheurebe (cruzamento da sylvaner com a riesling), kerner, (trollinger e riesling), muller-thurgau.
A sigla A.P.(amtliche prüfung) no rótulo granate que o vinho foi produzido com uvas autorizadas e com o nível de açúcar mínimo exigido, além de garantir a região de origem.
O chamado Liebfraumilch atende a critérios pouco rigorosos, mesmo sendo um QbA.
Curiosidades
Os melhores vinhos alemães são os classificados QmP - Qualitäteswein Mit Prädikat. São elaborados com as uvas que possuem açúcar necessário para a produção do vinho, sem a necessidade de chaptalização (adição de açúcar). Para complicar um pouco mais o entendimento, os vinhos alemães de qualidade (QbA) são classificados de acordo com o nível de açúcar do msoto (sumo da uva).
Outras informações que fazem parte dos rótulos indicam o grau de concentração de açúcar das uvas:
- Kabinett (reserva) - uvas de colheita normal, é a base dos QmP (baixo teor de álcool, pouco encorpado e seco).
-Spätless (colheita tardia) - uvas plenamente amadurecidas (alto nível de acidez, podem ser doces ou secos).
- Ausless (colheita selecionada) - uvas muito maduras, cachos selecionados, às vezes atacadas pelo fungo da podridão nobre, o Botrytis cinera (que resulta em vinhos de melhor qualidade).
- BA - Beerenauslese(colheita de bagos selecionados, um a um) - raros e caros, também podem usar uvas afetadas pelo podridão nobre.
- TBA - Trockembee Rebauslese (Colheita de bagos secos selecionados, mais de uva passa e seca: Troken) - ricos, mais doces e também os mais caros vinhos alemães.
- Eisweein (vinho de gelo) - uvas congeladas, colhidas de madrugada, e muito maduras. São exemplares raros e caros.
Grécia
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Eis o décimo terceiro maior produtor de vinho. Para eles experiência não falta, visto que eles produzem vinhos desde 4.000 a.C e exportam há mais de 2.000 anos. São mais de 300 uvas nativas que, junto com as cepas internacionais, sãp plantadas em todo o continente e nas ilhas. Conhecida antes só pelo vinho resinoso do tipo Retsina, atualmente vem ganhando atenção da crítica e vários prêmios internacionais.
Principais Regiões
São 28 áreas, mas as mais significativas são: Macedônia, Peloponeseo e Ilhas Cyclades (Santorini e Páros).
Principais uvas: Tintas - agiorgitiko, mavrotragáno, mavroúdia, limnió, xtnómavro, syrah e cabernet sauvignon; Brancas - assyrtiko, moschofilero, malagoisá, chardonnay, sauvignon blanc, viognier.
Os tintos produzidos com a variedade nativa agiorgitiko, que significa São Jorge, costumam ser ricos e intensos. São uma boa porta de entrada do vinho grego.
Os Retsina mais rústicos, e de produção em massa, têm acentuado sabor de resina e pouco se percebe a fruta da uva savatiano.
Curiosidades
Há 2000 anos, para impedir a oxidação dos retsina exportados, selava-se as ânforas com resina de pinheiro. Daí surgiu a tradição deste curioso branco de gosto resinoso
Líbano
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Outro ancestral do berço do vinho, tem pequeníssima produção concentrada no Vale do Bekaa, no centro do país. Alí são constantes os bombardeios nos vinhedos e a interrupção da produção. A influência francesa se faz sentir nas uvas e vinificação utilizados, que resultam em tintos de excelente qualidade nas poucas vinícolas que sobrevivem no país.
Principal Região
Vale do Bekaa
Principais uvas: Tintas - cabernet sauvignon, merlot, syrah, carignan e cinsault ; Brancas - chardonnay, sauvignon blanc e clairette.
Os melhores exemplares encontrados no Brasil são de tintos, como o Kefraya e Musar, mas não são baratos.
Curiosidade
Durante a Guerra Civil dos anos 80, no Líbano, a família Hochar, produtora do Château Musar, transportava suas uvas em meio a tiroteios entre grupos rivais.