sábado, 28 de fevereiro de 2015

Robert Parker: "Nunca vou me aposentar"

Depois de desistir de fazer as provas de Bordeaux en primeur, o mais influente crítico do mundo fez questão de desmentir os rumores sobre sua possível aposentadoria


Aos 67 anos, a expectativa sobre a aposentadoria de Robert Parker, o mais influente crítico de vinhos do mundo, aumenta a cada ano que passa. Recentemente, ele vendeu parte da Wine Advocate (seu site de avaliações de vinho) e agora anunciou que desistiu de fazer as provas en primeur (degustação dos vinhos antes de estarem prontos) de Bordeaux, sendo substituido na tarefa por Neal Martin, um dos críticos com que trabalha na publicação. Com os rumores sobre sua aposentaria aumentando, Parker, contudo, fez questão de afirmar que nunca vai deixar o mercado de vinhos. "Não tenho intenção de me aposentar. Morrerei na estrada ou desmaiar em alguma vinícola. Aposentadoria é a fórmula para a morte", afirmou.
 
Parker disse que vai continuar a degustar Bordeaux, mas não en primeur. Uma de suas metas é fazer uma retrospectiva sobre a safra 2005, considerada uma das mais importantes dos últimos anos. Além disso, ele afirmou que não pretende parar de degustar os vinhos do vale do Napa e Sonoma. "Adoro degustar. Vou sentir saudado do en primeur, o desafio de tentar descobrir uma nova safra – você sempre é um aluno, tenho feito isso há 37 anos, Neal por 18, mas toda nova safra traz algo novo. Mesmo 2014 ainda mostra surpresas, não importa quanta experiência você tenha", afirmou.
 
Parker degustou todas as safras de Bordeaux en primeur desde 1978 e fez fama na safra 1982. Apesar disso, ele disse que confia plenamente em Martin para a tarefa: "Tenho total confiança na independência de Neal, sua ética de trabalho e habilidades". 
 
Em uma coletiva de imprensa, o crítico aproveitou para dizer que o mundo do vinho mudou completamente desde 1978. "Nada ficou na mesma. Na primeira edição de Wine Advocate, resenhei 300 vinhos. Na que fez minha fama, em 1982, resenhei 600. No ano passado, o time da Wine Advocate fez 29 mil resenhas. Houve uma melhora de qualidade no mundo. Quando comecei, menos de 1% dos vinhos de Bordeaux eram bons. Margaux era medíocre. Agora tudo é muito melhor, pois há uma competição intensa", disse.

Fonte: Revista Adega

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Seis formas criativas de abrir uma garrafa de vinho

Não ter um saca-rolhas à mão quando se pretende abrir uma garrafa de vinho é uma adversidade quase tão comum como querer fumar e não encontrar isqueiro nem fósforos. É, no entanto, bem mais fácil encontrar uma forma alternativa de abrir a garrafa do que conseguir fazer fogo do nada. Não faltam, espalhados pelas redes sociais, vídeos e tutoriais diversos que ensinam a dispensar o saca-rolhas: o problema é que quando é necessário recordar os seus ensinamentos, muitas vezes a memória atraiçoa e não há maneira de lhes aceder. Lembre-se disso quando estiver prestes a fechar esta notícia antes de imprimir ou guardar este guia tão simples como bonito e tão bonito como útil: a questão não é se irá precisar dele, mas sim quando é que precisará.
 
 

Saca-rolhas: uma ferramenta básica e indispensável

Para muitos, o saca-rolhas ainda hoje é um instrumento que intimida, que inibe uma relação com o vinho. Mas já foi muito pior, quando havia apenas um tipo, aquele com a espiral de metal em um suporte básico no qual é preciso de técnica e força para retirar a rolha sem quebrá-la. Atualmente, porém, a indústria facilitou e muito a vida dos enófilos, criando saca-rolhas modernos em que simplesmente não se faz esforço algum para abrir uma garrafa.
 
A infinidade de modelos é incrível. Baseados em princípios de mecânica simples, como alavancas, eles possuem inúmeros designs, mas a finalidade é sempre a mesma: ajudá-lo a liberar o líquido cuidadosamente guardado por aquele vedante de cortiça. Atualmente, fala-se em seis tipos básicos: o tradicional, o de sommelier, o “borboleta”, o “coelho”, o de mesa, o elétrico, o de pinça e o de pressão. Apesar de teoricamente servirem para o mesmo fim, cada um pode servir para uma ocasião diferente. Mas, antes de entrar nesse ponto, vale conhecer um pouco da evolução dessa ferramenta.
 
Garrafas e cortiça
 
A história do saca-rolhas guarda relação íntima com a história das garrafas de vinho. De fato, na Antiguidade, os vinhos eram armazenados e transportados em ânforas de terracota. Por serem grandes, esses vasos dificultavam o serviço da bebida, tornando necessário o uso de um recipiente intermediário, normalmente jarras de argila ou de cerâmica. Quando os romanos inventaram a técnica de produzir garrafas de vidro soprado, elas também passaram a ser usadas com essa mesma finalidade.
 
Foi uma questão de tempo até que, no século XVII, o vidro passasse a ser produzido em quantidades comerciais, se tornasse bastante comum na Europa e as garrafas fossem usadas diretamente para armazenar vinhos, e não apenas para servi-lo.
 
As primeiras garrafas tinham o corpo em forma de globo e o pescoço mais longo e cônico. Mais tarde, o contorno das garrafas passou a lembrar o de uma cebola, mas, de todo modo, não havia um tamanho padrão para os pescoços, tampouco esses envases podiam ser guardados na horizontal. Assim, rolhas cônicas funcionavam satisfatoriamente como uma tampa, especialmente porque um pedaço delas permanecia para fora do topo da garrafa, fazendo com que fosse bastante fácil removê-las com as mãos.
 
Em meados do século XVII, as garrafas já haviam evoluído para um formato cilíndrico, podendo ser armazenadas horizontalmente – o que providenciava mais espaço nas adegas, já que podiam ser colocadas lado a lado. As rolhas tiveram que acompanhar essa mudança, passando a também ser cilíndricas e com diâmetro padrão. Obviamente, remover essas “novas rolhas” já não era tarefa tão simples e um artefato especial para abrir as garrafas precisou ser desenvolvido.
 
Os primeiros saca-rolhas
 
Não se sabe quando e quem fez o primeiro saca-rolhas, mas especula-se que se tratava de uma espécie de espiral de metal, semelhante a um dispositivo utilizado para limpar ou remover cargas não disparadas de canos de mosquetes. Possivelmente, a invenção é inglesa, por conta da tradição da cidra e da cerveja. De fato, a menção escrita mais antiga da qual se tem notícia é do agricultor britânico John Worlidge, em seu “Treatise on Cider”, de 1676, no qual se fala em “um parafuso de aço utilizado para remover as tampas das garrafas”.
 
A primeira patente de saca-rolhas foi registrada em 1795, na Inglaterra, pelo Reverendo Samuel Henshall. Esse primeiro registro, porém, foi seguido por muitos outros, na França, Estados Unidos, Alemanha e Canadá, por exemplo.
 
Os modelos iniciais eram em forma de “T”, com uma espiral para ser introduzida na rolha e uma base de apoio a ser segurada para puxá-la. Mais tarde, já nos idos de 1850, surgiram os saca-rolhas de alavanca, que reduziram significativamente o esforço da extração da rolha. Em 1882, o alemão Karl Wienke desenvolveu um saca-rolhas usando uma espécie de cabo de faca como alavanca, que viria a ser conhecido como “o amigo do garçom”, ainda hoje um dos mais populares mundo afora e ferramenta essencial dos sommeliers.
 
Tipos de saca-rolhas e seus usos
 
1. Tradicional
 
O saca-rolhas tradicional mantém o design das primeiras ferramentas feitas com a finalidade de retirar as rolhas das garrafas, com formato de “T”, sendo uma espiral metálica apoiada em algum material resistente. Seu mecanismo é simples, basta inserir a rosca na rolha e depois puxar. No entanto, por não ter uma alavanca, é preciso de força para extrair o vedante. Iniciantes devem evitar o modelo, pois sem a técnica necessária, a rolha pode quebrar.
 
2. Sommelier
 
Este é o modelo que está nas mãos de todos os garçons e sommeliers nos restaurantes, daí o nome. Ele mantém basicamente o mesmo formato do tradicional, porém com a adição de um suporte que forma uma alavanca para facilitar a retirada da rolha. Antes, essa alavanca tinha apenas uma base de apoio, hoje, a maioria deles vêm com dois estágios. Basta inserir a espiral na rolha (sem atravessá-la), ajustar o suporte no gargalo e fazer força usando a base apoiada como alavanca. É o abridor mais confiável de todos.
 
3. “Borboleta”
 
O saca-rolhas em formato de borboleta foi desenhado para ser ainda mais simples de usar. Teoricamente, basta posicionar a espiral sobre o gargalo e começar a girá-la para que ela seja inserida na rolha. Enquanto a espiral desce, os braços da ferramenta sobem. Assim que eles estiverem no alto, basta forçar para descê-los ao mesmo tempo. Isso vai remover o vedante com facilidade. O ponto desfavorável é que, às vezes, a ponta da espiral atravessa toda a rolha, deixando farelos no vinho. Cuidado ainda com o apoio, pois alguns modelos não se encaixam perfeitamente sobre os gargalos.
 
4. Coelho
 
O nome se deve às abas pelas quais se prende o gargalo do vinho, que lembram as orelhas de um coelho. Este é um dos abridores mais simples de usar. Basta prender “as orelhas” ao redor do gargalo, baixar a alavanca – que vai inserir a espiral na rolha – e puxá-la de volta para cima, quase sem fazer força. A rolha sai como num passe de mágica. Para tirar a rolha da espiral, basta repetir o movimento. Excelente modelo para iniciantes.
 

5. Saca-rolhas de mesa

O saca-rolhas de mesa usa o mesmo princípio do “coelho”, porém em um formato ainda maior. Posicione a garrafa, acione a alavanca para baixo e depois para cima e, voilà, a rolha saiu. Apesar de não ser portátil, causa uma grande impressão. Para quem é fã de acessórios de vinho.
 
 
6. Elétrico
 
 
Para quem não quer fazer força alguma, este é o modelo mais indicado. Um simples toque em um botão e ele faz tudo sozinho. Cuidado apenas com rolhas muito duras. Na mesma linha, há modelos “manuais”, em que se rosqueia a espiral até que a rolha saia. Vale lembrar que ambos atravessam a rolha e isso pode deixar farelos no vinho.
 
 
7. Pinça
 
Juntamente com o modelo tradicional, este talvez seja o mais
complicado de usar, pois é preciso técnica apurada para encaixar suas abas na lateral da rolha sem permitir que ela escorregue para dentro do gargalo. No entanto, ele é indicado para abrir vinhos antigos cujas rolhas podem estar comprometidas e esfarelarem caso um abridor tradicional seja usado. Primeiramente, insere-se a haste maior entre a rolha e a lateral do gargalo, depois a menor, e fazendo um sutil “vai-e-vem”, elas ficam posicionadas corretamente. Para retirar, é preciso fazer um leve movimento de torção juntamente com o movimento para cima. Dessa forma, a rolha deve sair inteira, sem qualquer dano.
 
8. Pressão

Diferentemente dos outros modelos em que são usadas alavancas para retirar a rolha, neste usa-se outro princípio físico: a pressão do ar. Ao se inserir ar dentro da garrafa através de uma agulha, cria-se pressão e, dessa forma, a rolha é expelida para fora. Simples. Há modelos em que você mesmo bombeia o ar para dentro da garrafa e outros com dispositivos de injeção de ar comprimido. Esse tipo de abridor também é muito útil em vinhos antigos com rolhas que podem esfarelar, mas é preciso cuidado para inserir a agulha atravessando cuidadosamente a cortiça. Se houver muito espaço entre a rolha e a parede do gargalo, talvez esse saca-rolhas não funcione com perfeição, já que o ar vai escapar e não formar a pressão necessária para expelir a rolha. No modelos de ar comprimido, é necessário cuidado ao usar em garrafas antigas para não correr o risco de quebrá-las devido à pressão.

 
Fonte: Revista Adega

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vem aí um porto com 135 anos de vida

Estão uns milhares de litros de vinho do Porto num tonel de madeira a repousar, ainda vivos, desde 1880, de uma colheita que se sabia valiosa, mas não imaginava ser notícia 135 anos depois. Pela primeira vez, parte dessa joia vai estrear-se no interior de 750 garrafas, feitas à mão, de onde partirão da família Vasques de Carvalho para outras paragens.

Enquanto Thomas Edison inventava a lâmpada incandescente nos Estados Unidos, na Régua, José Vasques de Carvalho era iluminado com a decisão de guardar boa quantidade da produção daquele ano, sem saber que seria o bisneto António a resgatá-la e a levá-la ao público, talvez em setembro, mas não a qualquer preço: "Nunca menos de dois mil euros a garrafa", pela qualidade e pela homenagem a cada geração que dela se privou e por ela zelou.
 
Quando a raridade chegar ao mercado, já exibirá a marca Vasques de Carvalho, que entretanto será apresentada no próximo dia 26, quinta-feira, durante a Essência do Vinho, no Porto, com quatro preciosidades concebidas ao longo dos últimos três anos. São vinhos tawny: 10 anos (40 euros), 20 anos (80 euros), 30 anos (120 euros) e 40 anos (200 euros), também eles em garrafas feitas à mão, personalizadas e transparentes, para melhor garantir a imediata identificação do tipo de vinho e da cor, justifica Jaime Costa, enólogo premiado e autor de todas estas produções.
 
Três anos de preparação
 
Tudo começou a ser preparado em 2012, quando António assumiu a herança familiar da produção do vinho, deixou a sua profissão de delegado de informação médica e viabilizou a entrada na sociedade, com metade do capital, de Luís Vale, seu amigo de infância e empresário de outros ramos de atividade.
 
Além dos estoques já existentes na família, o vinho do Porto produzido desde 2000 não foi vendido, até se conseguir chegar aos 150 mil litros de estoque mínimo e permanente exigidos por lei a quem quer entrar no negócio - objetivos agora alcançados, através da produção própria, proveniente de vinhas velhas implantadas em cinco hectares, nos socalcos do Vale do Rodo, e da aquisição de uvas a outros produtores. O vinho do Porto representa 80% da produção da empresa.
 
Desde 2012, as receitas vieram dos vinhos DOC Douro, com três referências: Oxum (branco e rosé em versão magnum), X Bardos e o topo de gama Velhos Bardos.
 
Primeira aguardente DOC Douro
 
Pelo meio, a dupla lançou-se na produção pioneira de aguardente DOC Douro, que exigiu uma parceria com o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, para a criação de um regulamento, até agora inexistente, que a certificasse, desde as uvas e o vinho, passando pelos processos de destilação e de transporte. Após um estágio mínimo de dois anos, a primeira garrafa sairá em 2016.
 
Entre inovações, recuperação do património edificado e criação de toda a imagem da nova marca, os empresários dizem já ter investido 1,650 milhões de euros, com capitais próprios.
 
Enoturismo a caminho
 
O próximo passo é no Pinhão, onde a empresa adquiriu, em 2013, dois armazéns, que já pertenceram à Casa do Douro, para os converter no seu polo do enoturismo, com posto de vendas, visitas guiadas e provas, um espaço que só deverá estar operacional em 2017, quando se concluir um investimento de três milhões de euros, ao abrigo do PDR 2020. Neles, impõem-se quatro tonéis gigantes de madeira, cada um com 50 mil litros. Não há muitos assim.
 
Por agora, a empresa tem um plano intensíssimo de participação em feiras no exterior e já assegurou a comercialização em garrafeiras nacionais especializadas, bem como hotéis e restaurantes onde toda a produção poderá ser apreciada.

Sistema virtual protege plantações de uva de pragas e otimiza uso de adubos

Uma complexa ferramenta que utiliza a tecnologia GPS, sensores, computadores e um sistema de análise de dados instalado na "nuvem" da internet é a mais recente arma que os produtores de uva têm à disposição para lutar contra pragas e reduzir a aplicação de adubos.
 
 
SmartVineyard é o nome do método desenvolvido por engenheiros e químicos da Hungria para combater as doenças que afetam a fruta e que podem causar perdas de até 50% da colheita.

O sistema consiste na instalação de dispositivos do tamanho de um computador, repleto de sensores, nos parreirais. Os equipamentos são capazes de registrar e analisar as condições geográficas e climáticas de uma superfície de até dez hectares cada.

Eles captam a umidade, o tempo de incidência solar, a temperatura, a inclinação do terreno, além da quantidade de água e minerais no solo.

Todas as informações coletadas são disponibilizadas automaticamente na "nuvem". Os dados são usados como base para analisar o que cada setor da plantação precisa, como quando é recomendável adubar o solo e qual o produto indicado, a partir de uma base de fertilizantes químicos autorizados pela União Europeia (UE).

"A chave é saber quando fertilizar e com o que", afirmou em declarações à Agência Efe Csaba Arendas, presidente da SmartVineyard.

Em 2010, as más condições meteorológicas no leste da Europa favoreceram a propagação da chamada "podridão negra", um fungo que ataca as folhas e outras partes do parreiral, e que afetou 60% da safra.

Os criadores do SmartVineyard afirmam que o sistema pode reduzir as perdas por pragas em 15%, embora seja mais eficaz em anos com condições climáticas mais propícias à aparição de doenças.

Outra vantagem é a economia de combustíveis. A ferramenta também calcula a quantidade de barro na plantação e informa se o uso de máquinas para a fumigação é adequado no momento da aplicação. "Essa economia em si já compensa as despesas de instalação", garante Arendas.

Apesar da complexidade do sistema, que usa algoritmos e métodos de análise de dados, a participação e o conhecimento dos fruticultores continua sendo essencial. Eles devem registrar os métodos de cultivo utilizados para que essa informação seja combinada com os dados obtidos pelos sensores.

"Isso (o SmartVineyard) é um apoio para as decisões dos produtores. Não se trata de instalar o sistema e não ter que fazer mais nada, só esperando que a uva cresça sem problemas", ressalta o presidente.

A ferramenta tem uma aplicação muito especial quando se trata do vinho húngaro mais famoso, o Tokaji. No caso, o objetivo não é só evitar a aparição da praga, mas controlar o grau de expansão do fungo 'Botrytis', que dá ao vinho tons mais doces. O SmartVineyard detecta quando a infecção desta "podridão nobre" chegou no ponto ideal para a colheita.

A empresa ainda está em fase de crescimento e procura investidores. No entanto, já há 150 sistemas instalados, a maioria na Hungria, mas também em outros países europeus, nos Estados Unidos e até no Chile.

Os sensores e receptores são alugados pelos fruticultores. A companhia garante a troca dos equipamentos a cada dois ou três anos, fora a atualização constante do software.

A ideia foi escolhida em 2013 entre os oito melhores projetos dos 20 mil inscritos na competição Intel Global Challenge, realizada na Universidade de Berkely, na Califórnia.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Rio Sol Reserva 2011

Poucos são os vinhos tintos do Vale do São Francisco que me são atraentes, não por preconceito e sim por encontrar excesso de madeira em alguns, de álcool em outros e de acidez de menos ou demais aqui e acolá, enfim, ainda falta equilíbrio a alguns dos vinhos produzidos por alí.
 
Mas esse não foi o caso do Rio Sol Reserva 2011, trazido pelo amigo Juberlan de uma recente viagem para a região.
 
O vinho é produto de um coorte das castas Cabernet Sauvignon, Syrah e Alicante com estágio em barricas de carvalho francês por 6 meses e que recebeu Medalha Grande Ouro no 11° Concurso Nacional de Vinhos Finos.
 
Visualmente apresentou cor rubi escura e brilhante com lágrimas escorrendo lentamente pelas paredes da taça, deixando-as tingidas. No nariz aromas de fruta vermelha madura, folhas secas, pimenta seca, especiarias, terra molhada e notas de tostado. Em boca repetiu as notas olfativas e mostrou taninos macios em equilíbrio com a acidez e o álcool. Final de boca de boa intensidade com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
Para harmonizar Fernanda nos preparou uma deliciosa lasanha de berinjela. 


O Rótulo

Vinho: Rio Sol Reserva
Tipo: Tinto
Castas: Cabernet Sauvignon, Syrah e Alicante Bouschet
Safra: 2011
País: Brasil
Região: Vale do São Framcisco
Produtor: Vinícola Santa Maria
Graduação: 13,5%
Onde foi comprada: Vinícola Santa Maria
Preço médio: ?
Temperatura de serviço: 16º

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Afinal, podem ou não, as grávidas beber álcool?

Os médicos criaram um novo guião sobre o álcool durante a gravidez. Se até agora era defensável que um ou dois copos de vinho durante os primeiros meses de gravidez não faziam mal, os médicos britânicos afirmam agora que beber álcool no primeiro trimestre é realmente prejudicial para os fetos.
 
 
A orientação é dada pelo Royal College of Obstetricians and Gynaecologists que indica ainda que depois desse primeiro trimestre beber um ou dois copos para relaxar não faz mal nenhum. Mas exceder essa quantidade pode acabar por afetar o desenvolvimento do feto.
 
“Durante o início da gravidez, a atitude mais segura a tomar é deixar totalmente o álcool e depois do primeiro trimestre, se pretender beber, deve manter a quantidade recomendada. O mesmo se aplica às mulheres que se encontram no período de amamentação. Reduzir ou parar de beber seja em que altura for da gravidez pode fazer a diferença para o bebé. No entanto, em alguns casos a situação pode já não ser reversível”, explica um dos membros da organização, Philippa Marsden, à BBC.
 
Fonte: BBC

Prazeres da Mesa premiará as melhores cartas de vinho do país

Estão abertas as inscrições para a 11ª edição do prêmio Cartas de Vinho, promovido pela revista Prazeres da Mesa. Jornalistas e especialistas convidados irão avaliar cartas de bares, restaurantes e hotéis do Brasil e países da América do Sul. Qualidade e precisão das informações, número de importadores e variedades de regiões são alguns dos critérios observados. A premiação será no dia 22 de abril, durante a Expovinis, em São Paulo.
 
 

Que tal dormir numa pipa de vinho?


A sensação deve ser bem estranha, mas é essa a proposta do Hotel Fazenda Pampas, na divisa entre Gramado e Canela: dormir em barricas de vinho.
 
Quatorze pipas de 100 mil litros de vinho foram transformadas em apartamentos de três andares. Compradas em vinícolas gaúchas como Garibaldi e Aurora e reformadas, as construções ficaram com 90 metros quadrados, incluíndo o banheiro de alvenaria anexo. Têm sala de estar e cozinha no primeiro piso e quarto com cama de casal no segundo, além de uma cobertura que serve como um mirante para observar a região.
 
Segundo o material de divulgação enviado pelo hotel, há outros dois hotéis semelhantes na Europa que usam barricas menores: o Hotel De Vrouwe van Stavoren, em Stavoren, na Holanda, e o Château Vieux Lartigue, em Saint-Emilion, na França.
 


 

Exportações brasileiras de vinho crescem 76,5% em valor em 2014

De janeiro a dezembro, vinícolas comercializaram mais de USD 9,5 milhões. Reino Unido foi o principal destino.
 
As ações de promoção no mercado externo, o aperfeiçoamento dos produtos e a exposição do Brasil em razão da Copa do Mundo resultaram em um crescimento de 76,5% em valor nas exportações de vinhos engarrafados em comparação a 2013. Os dados do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (AliceWeb), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apontam que, de janeiro a dezembro de 2014, as vinícolas brasileiras exportaram um total de USD 9.525.471,00, correspondentes a 2.652.688 litros de vinhos finos e espumantes (volume 74,8% superior ao mesmo período do ano anterior). Os principais destinos foram Reino Unido, Bélgica, Paraguai, Alemanha, Países Baixos (Holanda), Estados Unidos, Japão, Colômbia, China e Suíça.
 
Roberta Baggio Pedreira, gerente do projeto setorial Wines of Brasil, desenvolvido em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), comemora: “Em 2014, o Wines completou 10 anos, e os números positivos são resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo setor ao longo desse tempo, como divulgação, investimento em tecnologia e adequação dos produtos à demanda do consumidor internacional. A categoria de vinhos brasileiros está aparecendo mais, e grandes redes de outros países abriram suas portas para o produto brasileiro”, avalia Roberta, citando o mundial de futebol no Brasil como um potencializador do interesse do consumidor estrangeiro no primeiro semestre. Atualmente, 31 vinícolas participam do Wines of Brasil.
 
Principal mercado do vinho brasileiro em 2014, o Reino Unido teve um crescimento de 406,5% nas importações em comparação a 2013. No ano passado, o país foi o destino para 437.920 litros (USD 1.919.681). Roberta credita o desempenho à estratégia adotada no país há alguns anos, onde uma empresa de relações públicas (JK Marketing) atua também como uma espécie de embaixadora dos vinhos do Brasil. “O Reino Unido é onde o vinho brasileiro está nas maiores redes, entre elas, Marks & Spencer, Waitrose e Tesco. Mas ainda há muito potencial neste mercado para manter e explorar”, afirma a gestora, lembrando que há uma tendência de consumo de espumantes brasileiros.
 
Além do Reino Unido, os outros quatro países prioritários do Wines of Brasil (Alemanha, Países Baixos, Estados Unidos e China) figuram entre os 10 principais compradores em 2014. Sexta colocada em 2013, a Alemanha subiu duas posições em 2014, com um total comercializado de USD 823.822,00 (alta de 177,9% em relação ao ano anterior) e 222.584 litros. “Este será o 11º ano que participamos da ProWein (feira de bebidas mais importante do mundo, realizada em março, em Düsseldorf), o que também ajuda na formação da imagem do vinho brasileiro”, salienta Roberta. Já a Holanda, que em 2013 figurava em nono lugar, subi u para a quinta posição em 2014, quando foram comercializados 173.569 litros, totalizando USD 791.869,00 (198% a mais do do que no ano anterior).
 
Fonte: IBRAVIN

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Gosta de vinho e está acima do peso? Parece que essa é a equação perfeita

De acordo com um estudo de coautoria de um pesquisador da Universidade de Oregon (OSU), nos Estados Unidos, beber suco de uva vermelha ou vinho – com moderação – poderia melhorar a saúde de pessoas com excesso de peso, ajudando-as a queimar gordura com mais eficiência.
 
 
 Os resultados sugerem que o consumo de uvas de cor escura, seja comendo-as ou bebendo vinho ou suco, pode ajudar as pessoas a gerenciar melhor a obesidade e distúrbios metabólicos relacionados, tais como esteatose hepática, popularmente conhecida como doença do fígado gorduroso, na qual grandes quantidades de triglicerídeos se acumulam no órgão.
 
Neil Shay, bioquímico e biólogo molecular na Faculdade de Ciências Agrárias da OSU, fez parte de uma equipe de estudo que expôs células do fígado e de gordura humanas cultivadas em laboratório a extratos de quatro produtos químicos naturais encontrados nas uvas Muscadine, uma variedade vermelho-escura nativa do sudeste dos Estados Unidos.
 
Uma das substâncias, o ácido elágico, mostrou-se particularmente potente. Ela abrandou drasticamente o crescimento de células de gordura existentes e a formação de novas, e impulsionou o metabolismo de ácidos graxos em células do fígado.
 
Estes produtos químicos de plantas não são um milagre da perda de peso, adverte Shay. “Nós não descobrimos, e não esperávamos descobrir, que estes compostos melhorariam o peso corporal”, garante o pesquisador, destacando que o processo não é eficiente para o emagrecimento sozinho. Mas, aumentar a queima de gordura, especialmente no fígado, pode melhorar sua função em indivíduos com excesso de peso.
 
“Se pudéssemos desenvolver uma estratégia de dieta para reduzir o acúmulo nocivo de gordura no fígado, utilizando alimentos comuns como uvas, seria uma boa notícia”, complementa o cientista.
 
O estudo, realizado por ele em parceria com a Universidade da Flórida e a Universidade de Nebraska, complementa o trabalho com camundongos que desenvolve em seu laboratório na OSU. Em um ensaio de 2013, ele e seus alunos de pós-graduação complementaram a dietas de ratos com sobrepeso com extratos de uvas Pinot Noir colhidas de vinhas da região de Corvallis, também no estado do Oregon.
 
Vinho tinto ajuda a emagrecer?
 
Alguns dos animais foram alimentados com uma dieta normal de “ração de rato”, como Shay chama, contendo 10% de gordura. O resto foi alimentado com uma dieta de 60% de gordura – o tipo de alimentação pouco saudável que faria com que humanos ganhassem peso. “Nossos camundongos gostaram da dieta rica em gordura e comeram demais”, conta. “Então, eles são um bom modelo de pessoa sedentária que come muitos lanches e não faz exercício físico suficiente”.
 
Os extratos de uva, reduzidos às necessidades nutricionais de um rato, eram o equivalente a cerca um copo e meio de uvas por dia para uma pessoa. “As porções são razoáveis, o que faz com que nossos resultados sejam mais aplicáveis à dieta humana”.
 
Durante 10 semanas, os ratos alimentados com altos níveis de gordura desenvolveram fígado gorduroso e sintomas diabéticos – as mesmas consequências metabólicas que vemos em muitas pessoas sedentárias ou com excesso de peso.
 
Contudo, os ratos gordinhos que receberam os extratos de uva acumularam menos gordura no fígado e tinham níveis mais baixos de açúcar no sangue do que aqueles que consumiram apenas a dieta rica em gordura. Também o ácido elágico provou ser potente neste experimento, reduzindo o açúcar no sangue dos ratos alimentados com altos níveis de gordura a níveis próximos aos daqueles alimentados normalmente.
 
Quando Shay e seus colaboradores analisaram os tecidos das cobaias que comeram os suplementos, observaram níveis elevados de atividade de PPAR-alfa e PPAR-gama, duas proteínas que funcionam no interior das células para metabolizar a gordura e o açúcar. A hipótese da equipe é de que o ácido elágico e outros produtos químicos se ligam aos receptores nucleares de hormônios das PPAR-alfa e PPAR-gama, fazendo com que ativem os genes que desencadeiam o metabolismo da gordura e glicose. Medicamentos comumente prescritos para redução de açúcar no sangue e triglicerídeos agem desta forma.
 
O objetivo de seu trabalho, acrescentou o bioquímico, não é substituir os medicamentos necessários, mas orientar as pessoas na escolha de alimentos comuns, amplamente disponíveis, que têm determinados benefícios à saúde, incluindo impulsionar a função metabólica. “Estamos tentando validar as contribuições específicas de certos alimentos nos benefícios à saúde”, explica. “Se você está fazendo supermercado e se sabe que um certo tipo de fruta é bom para uma condição de saúde que você tem, você não iria querer comprar essa fruta?”, exemplifica.

Substância do vinho tinto ajuda a controlar perda de memória

Mais uma boa notícia para os amantes do vinho tinto: uma nova pesquisa americana sugere que um de seus componentes pode ajudar na prevenção da perda de memória e humor ocorrida pela idade. As informações são do IFL Science.

Cientistas da Universidade do Texas A&M usaram dois grupos de ratos para testar os efeitos do resveratrol, um polifenol que pode ser encontrado principalmente nas sementes de uvas, na película das uvas pretas e no vinho tinto. E os resultados revelam a possibilidade de que o tratamento de pessoas de meia-idade, com este composto, poderá ajudar a melhorar a memória e o humor na velhice.
 
 
Apesar de poucos estudos analisarem os efeitos do resveratrol em humanos, os resultados encontrados nos laboratórios e nos animais provam que, em altas quantidades, ele pode ser forte inibidor de câncer e possui propriedades anti-inflamatórias. Além disso, possui benefícios cardiovasculares, combatendo danos aos vasos sanguíneos, reduzindo o nível do colesterol ruim e prevenindo coágulos sanguíneos.
 
Desde as primeiras descobertas sobre tais benefícios do elemento, os cientistas começaram a se questionar se ele poderia neutralizar a falha de memória. Assim, estudam dois grupos de ratos de meia-idade – um que recebe placebo, outro, o resveratrol – e os resultados mostram que, dois meses depois, as habilidades de memória e aprendizado cresceram entre aqueles do grupo controlado. Ademais, estes ratos experimentaram o dobro da taxa de crescimento e desenvolvimento de células no hipocampo. Não só isso, mas a formação de vasos sanguíneos na região também aumentou, e morte celular e inflamação diminuiu.
 
“Os estudos demonstram que o tratamento com resveratrol na meia-idade pode ajudar nas funções de humor e memória durante a velhice”, afirma o líder da pesquisa Ashok Shetty. Contudo, os efeitos benéficos de altas doces do elemento ainda devem ser investigados nos seres humanos.

L.A. Merlot 2009

Em nossa passagem pela Serra Gaúcha, Eu e Fernanda, não tivemos tempo de visitar todas as vinícolas que queríamos, incluindo a Luiz Argenta, que é considerada a mais bela vinícola brasileira, mas conseguimos achar um tempinho para visitar a Boutique da vinícola em Gramado e lá adquirimos alguns vinhos e o último a bebermos foi o L.A. Merlot 2009.
 
O vinho é produzido na Indicação de Procedência de Altos Montes, em Flores da Cunha. As uvas que deram origem ao líquido foram colhidas manualmente, foram maceradas por 15 dias a uma temperatura constante e após findo o processo o vinho amadureceu em barricas de carvalho francês por 9 meses e mais um ano em garrafa.
 
Visualmente apresentou cor rubi intensa e brilhante, com boa formação de lágrimas. No nariz aromas de fruta vermelha, rosas, menta, discretas notas balsâmicas seguidas de aromas provenientes da passagem por barricas de carvalho. Em boca mostrou taninos maduros e redondos, boa acidez e álcool na medida certa. Final de boca de boa persistência com a fruta aparecendo no retrogosto.
 
Harmonizamos com uma pizza de costela e queijo gruyère.

O Rótulo

Vinho: L.A.
Tipo: Tinto
Casta: Merlot
Safra: 2009
País: Brasil
Região: Altos Montes, Flores da Cunha
Produtor: Luiz Argenta
Graduação: 12,8%
Onde comprar em Recife: Empório Pescadero
Preço médio: R$ 60,00 (Essa custou R$ 35,00 na Boutique Luiz Argenta em Gramado)
Temperatura de serviço: 16º

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Aurora é líder em esportações de vinhos nacionais em 2014

A Vinícola Aurora foi a maior exportadora de vinhos do Brasil em 2014, faturando US$ 2,8 milhões, de acordo com o resultado anual do Wines Of Brasil, programa de exportações do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com apoio da Apex-Brasil (Agência Nacional de Promoção de Exportação e Investimento).  Este valor – que representa um terço da receita total registrada pelo Ibravin, de US$ 8,49 milhões – mostra que a vinícola triplicou suas exportações em relação a 2013, ano em que o resultado chegou a US$ 934 mil.
 
O total das exportações de vinhos do Brasil sobe para US$ 9,52 milhões, somando os números do Wines of Brasil e as vendas externas realizadas por vinícolas do país fora desse programa, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Neste caso, a Vinícola Aurora também é líder, com 29% de participação.
 
A Aurora também é a campeã de vendas para os três principais mercados importadores de vinhos brasileiros: Reino Unido, Bélgica e Alemanha.
 
No topo do pódio, o Reino Unido importou US$ 1,98 milhão, segundo o Ibravin, e a Aurora respondeu por 39% desse total (US$ 768,35 mil). Para a Bélgica, a vinícola exportou US$ 504,37 mil, o que equivale a 42% da receita total (US$ 1,203 milhão). Para o mercado alemão, os vinhos da Aurora representaram 55% (US$ 456,80 mil) da receita total das exportações do Brasil para aquele mercado (US$ 823,8 mil), país em que os vinhos Brazilian Soul (marca de exportação da Aurora) foram lançados e ganharam presença em mais de 700 pontos de venda em todo o território alemão, nas principais redes de varejo.
 
A Aurora também liderou as exportações para o Japão, com 60% de participação (US$ 304,54 mil de receita), Estados Unidos (42%, com US$ 170,86 mil) e França (40%, com US$ 83,30 mil), países que estão em 6º, 7º e 12º lugares no ranking de compradores de vinhos do Brasil em receita, respectivamente.
 
Nos países nórdicos, a Aurora está presente na Suécia (total exportado US$ 32.659) com vendas exclusivas pelo monopólio estatal e na linha de cruzeiros pelo Mar Báltico Viking Line, e na Dinamarca (total exportado pela Aurora de US$ 32.736), país sede da empresa de comércio internacional Peter Justesen, cujo catálogo oficial circula para 168 países (entre embaixadas, consulados e demais órgãos governamentais) e nele a Aurora figura, há dois anos, com vinhos, espumantes e brandy.
 
Novas fronteiras
 
2014 foi um ano de conquistas do mercado externo para a Aurora. A vinícola apostou também na Ásia, 42% das exportações dos vinhos do Brasil para este continente foram da Vinícola Aurora. Além do Japão (país comprador da Aurora há mais de 20 anos), a Aurora também exportou para Hong Kong e Coréia do Sul no ano passado, soberana nas vendas de vinhos para esses países que sinalizam novos horizontes para o vinho brasileiro.

Vinho ajuda a combater o diabetes

Vinho pode ajudar a combater o diabetes, afirmam cientistas do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França.
 
Eles constataram que o consumo moderado de vinho - ou seja, no máximo uma taça por dia -, pode ajudar a prevenir o diabetes tipo 2 em mulheres com sobrepeso.
 
Os cientistas realizaram um estudo com mais de 60 mil voluntárias que consomem de meia a uma taça de vinho por dia. Todas demonstraram leve redução do fator diabetes. O motivo: a presença de antioxidantes associada aos benefícios cardiovasculares do vinho.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O que eu estou degustando - Vinho 6

Hoje é dia de testar seus conhecimentos com o vinho número seis. Observe as características abaixo e tente responder as questões que se seguem.
 
Maduro, com sinais de oxidação, como cascas de frutas cítricas, noz moscada  e notas de bolo chiffon de limão acompanhado de notas amanteigadas, casca de maçã e melão. Apresenta boa tensão sobre o acabamento, com um amargo citrus empréstimos borda espinha. Beber agora.
 
Varietal
 
1. Chardonnay
2. Grüner Veltliner
3. Palomino
4. Sauvignon Blanc
5. Savagnin
 
País ou região de origem
 
1. Austrália
2. Califórnia
3. França
4. Nova Zelandia
5. Espanha
 
Idade aproximada
 
1. 1-2 anos
2. 3-5 anos
3. 6-9 anos
4. 10 ou mais anos
 
Denominação
 
1. Chablis
2. Côtes du Jura
3. Jerez
4. Margaret River
5. Marlborough
6. Napa Valley
 
Fonte: Wine Spectator

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

.Nero Brut Rosé

Em dezembro eu e Fernanda saímos em busca de um espumante produzido pelo método champenoise para a Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE e além do exemplar da confra Fernanda trouxe o .Nero Brut Rosé, um espumante produzido pela Domno do Brasil em Garibaldi, no Vale dos Vinhedos.
 
Creio que já falei um pouco sobre a história da Domno do Brasil aqui no blog, mas não custa nada resumir um pouco da história deste empreendimento.
 
A empresa faz parte do grupo Casa Valduga e foi criada em 2008 com o intuito de importar vinhos e produzir espumantes, os quais são concebidos exclusivamente pelo método charmat, uma forma de abocanhar outra fatia do mercado, uma vez que os espumantes possuem valores inferiors aos elaborados pelo método tradicional pela Casa Valduga.
 
Visualmente apresentou cor vermelho cereja com toques levemente alaranjados, boa formação de espuma e perlage fina e rápida, de média duração, creio eu que pelo fato da rolha não estar mais cumprindo o seu papel. No nariz aromas de morango, framboesa e um leve toque de pão. Em boca mostrou boa acidez e repetição da fruta. Final de boca de média intensidade e boa refrescância.
 
A harmonização ficou por conta de um ensopado de marisco... de lamber os beiços...

O Rótulo

Vinho: .Nero Brut
Tipo: Rosé
Castas: Chardonnay 60% e Pinot Noir 40%
Safra: Não Safrado
País: Brasil
Região: Garibaldi, Vale dos Vinhedos
Produtor: Domno Brasil
Graduação: 12,5%
Onde comprar em Recife: Ingá Vinhos Finos
Preço médio: R$ 31,00
Temperatura de serviço: 8º

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

É preciso combinar vinho com exercícios físicos para colher benefícios à saúde

Desfrutar um copo de vinho no jantar combinado à prática de exercícios físicos pode ser a solução para diminuir as chances de contrair doenças cardiovasculares, de acordo com estudos realizados por cientistas tchecos da Unversidade de Palacky.
 
A pesquisa liderada pelo professor Milos Taborsky monitorou 146 pessoas com uma leve ou moderada possibilidade de contrair doenças cardíacas durante um ano. Na análise, metade dos voluntários consumiram vinho branco (Chardonnay-Pinot) e metade vinho tinto (Pinot Noir), sendo que as mulheres foram autorizadas a ingerir 200 ml da bebida e os homens, 300.
 
No geral, não houve alteração nos níveis de colesterol "bom" entre os que apenas beberam vinho tinto ou branco, mas resultados "positivos e contínuos" foram observados entre aqueles que, além de consumir a bebida, exercitavam-se regularmente. "Descobrimos que o consumo moderado de vinho só tem efeito protetor nas pessoas que se exercitam. Tanto tinto quanto branco tiveram resultados semelhantes", apontou Taborsky.
 
“Nosso estudo mostrou que a combinação do consumo moderado de vinho com exercícios físicos regulares melhora os marcadores de aterosclerose, sugerindo que esta combinação proteja as pessoas contra doenças cardiovasculares", afirmou Taborsky.

Fonte: Revista Adega

Raízes Premium Sauvignon Blanc 2012 #cbe

O carnaval ainda não passou, mas o ano já começou na Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE e como primeiro tema do ano tivemos: "Um vinho de Sauvignon Blanc sem limite de preço", sugerido pelo Alexandre Frias do blog Diário de Baco.

A Sauvignon Blanc está intimamente ligada com a região francesa do Vale do Loire, mas dizem que ela surgiu mesmo em outra região francesa, Bordeaux. Mas, não é somente na França que essa uva brilha, os exemplares da Nova Zelândia, por exemplo, conquistam apreciadores em todo o mundo.
 
Minha escolha foi o Raízes Premium, um rótulo produzido pela Casa Valduga na Campanha Gaúcha. O vinho faz parte do projeto da gigante da vitivinicultura do Brasil na fronteira do Brasil com o Uruguai e com a Argentina, região em que há tempos observa-se uma transição da pecuária para a cultura de uvas viníferas.

Visualmente o vinho mostrou cor amarelo dourada brilhante, cor não usual dos exemplares produzidos com a sauvignon blanc, um sinal da evolução do vinho. No nariz ainda apresentou aromas de frutas como maracujá, pêra, maçã e abacaxi seguido de aroma de grama cortada, mas  já não tão intensos. Em boca apresentou-se harmônico e refrescante. Final de boca de média intensidade com a maçã aparecerndo no retrogosto juntamente com interessantes notas minerais.
 
Este é meu 37° vinho para a CBE e foi uma boa companhia para uma lasanha.

O Rótulo

Vinho: Raízes Premium
Tipo: Branco
Castas: Sauvignon Blanc
Safra: 2012
País: Brasil
Região: Campanha Gaúcha
Produtor: Casa Valduga
Graduação: 12,5%
Onde comprar em Recife: RM Express
Preço médio: R$ 36,00
Temperatura de serviço: 8º