sábado, 30 de julho de 2011

Miolo Terranova Shiraz 2003

Há muito não degustava um vinho nacional e devo adimitir que, diante das experiências pessoais, não perdi muito como essa "falta de enopatriotismo"...

Esta também é a primeira postagem do blog destinada a um rótulo produzido no Brasil.

Ganhei, de minha irmã, uma garrafa do Miolo Terranova Shiraz 2003 que há muito estava guardada... Trouxe o vinho mais por curiosidade que pode desejo de degustar: queria saber se um vinho com pouco potencial de guarda suportaria 8 anos. Suportou, graças a pouca luz onde estava armazenado e ao armazernamento horizontal.O vinho chamou atenção pelos aromas; mesmo antes de findar a abertura da garrafa, um aroma amadeirado com mesclas de café e especiarias já pairavam no ar.

É um vinho de cor vermelho atijolada, um pouco fosca com uma presença discreta de lágrimas. Como já descrevi é um vinho de aromas intensos: um bouquet muito agradável e presente. Aromas típicos de shiraz, profundos, com toque picante de pimenta do reino, café, com a madeira também bem presente no olfato.

Já na boca deixou a desejar, principalmente com o passar do tempo após a abertura da garrafa e o final é pouco presente. É um vinho, no início, adocicado de pouco corpo com uma acidez alta. O picante do aroma também mostra-se bem presente na boca no início, porém pouco equilibrado.

É um vinho que definitivamente não deve ser guardado. Andei vendo uns comentários sobre o vinho e mesmo tendo sido degustados dentro de um período não superior a dois anos de sua safra vi que não difere muito do que percebi, exceto pela cor. Não é um vinho ruim, mas deve ser bebido ainda jovem e os mais rápido possível.

O Rótulo

Vinho: Terranova
Tipo: Tinto
Castas: Shiraz
Safra: 2003
País: Brasil
Região: Vale do São Francisco
Produtor: Miolo
Graduação: 12%
Temperatura de serviço: 15 graus
Preço: R$ 59,00 (Só encontrei na net um Box de 5litros)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Estação do Vinho


Para comemorar o Dia dos Pais, o Plaza (Recife) realizará, de 1º a 14 de agosto, a 3ª edição da Estação do Vinho.

O evento contará com espaços planejados para receber visitantes, com exposição de rótulos e objetos que cercam o universo dos vinhos, além de degustação e explanações sobre a História do Vinho (origem, regiões produtoras, nacionais e importados, desmistificação da máxima de que apenas vinhos caros são de boa qualidade) pelo sommelier Ângelo Bruno

Club Du Vin é mais uma vez parceiro do Plaza. Ângelo Bruno, ficará responsável pela programação, palestras e degustação. Além do Club Du Vin, o evento tem ainda a parceria da Sandrin - com toda a infraestrutura da cozinha gourmet - e da Falmec, com sua linha de fornos e fogão.

As palestras ocorrerão sempre às 18h30, com uma hora e meia de duração, na arena Estação do Vinho, no piso L4. Cada palestra terá limite de 20 participantes inscritos, com assentos reservados. Este ano, todos os participantes receberão um certificado ao final do evento.

terça-feira, 26 de julho de 2011

"Romeu com uma coroa de uvas, tocando violão enquanto dança com o sol e o mar"

 
Um albanês usou nada menos que 229.764 rolhas para produzir um mosaico na cidade de Tirana, capital do país. O objetivo de Saimir Strati era entrar no Guinness, o livro dos recordes.

O painel, construído sobre uma superfície de plástico, mede 12,94 m de largura por 7,1 m de altura. A peça foi batizada de "Romeu com uma coroa de uvas, tocando violão enquanto dança com o sol e o mar". Strati trabalhou 14 horas por dia durante 28 dias para terminar a obra, segundo a agência Reuters.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Saiba como Comprar sua Adega

As adegas climatizadas servem para manter a temperatura e assim assegurar a qualidade do vinho. Alguns vinhos podem custar uma pequena fortuna e ao abrirmos a garrafa percebemos que seu aroma e sabor estão alterados. Isso acontece porque o vinho não pode ser guardado de qualquer jeito e em qualquer lugar. Vinhos não podem ficar em temperaturas altas ou sofrerem oscilações de temperatura, ficar em lugares úmidos e em lugares que sofram trepidações. Todos estes fatores fazem com que o vinho sofra alterações e até podem deixar o vinho intragável para degustar.
Até o vinho mais simples podem ter seu sabor alterado em poucos meses, se não for guardado em um lugar adequado. E o prejuízo pode ser maior em vinhos como os “bourdeax”, que precisam de anos de envelhecimento para atingir seu auge.
Os especialistas recomendam que a bebida fique em um ambiente com pouca ou nenhuma luz, com o mínimo de vibração e ruído, temperatura constante entre 12 ºC e 16ºC e cerca de 65% de umidade relativa do ar.


Qual o tamanho de adega que devo comprar?


Antes de comprar a sua adega alguns fatores devem ser considerados. Verifique primeiro sua necessidade de consumo. Existem à venda adegas pequenas com capacidade para até seis garrafas e outros modelos que comportam 200 garrafas.


A partir de uma conta simples você saberá a capacidade ideal da adega que deverá comprar. Se você compra duas garrafas por semana, ao final do mês terá oito garrafas. Se destas oito garrafas, duas são vinhos médios, uma de excelente vinho e os demais vinhos para o dia a dia, você precisará de uma adega de para 40 garrafas, pois você terá seis excelentes vinhos, para guardar para um momento especial ou porque ainda estão novos, 12 vinhos médios e os demais para consumo rápido.


Temperatura da adega


Os vinhos são muito sensíveis a mudanças de temperatura. Portanto ao comprar uma adega dê preferência aos modelos que tenham mostradores e botões de programação em seu exterior. Assim, você não precisará abrir a adega para checar a temperatura ou fazer sua programação. A temperatura ideal para a guarda e consumo de vinhos fica entre 14 e 18ºC.

O vinho tinto é o único que tem temperaturas iguais para o consumo e guarda. No caso dos vinhos brancos você pode mantê-los na guarda até o consumo. Mas precisará resfriá-los antes de beber, para uma temperatura próxima dos 6ºC. Algumas adegas contam com repartições diferentes em que permitem ajustar até três tipos de temperatura.
Nas adegas grandes, acima de 100 garrafas, é possível obter parcialmente este efeito colocando vinhos que necessitam temperaturas mais altas nas prateleiras mais baixas.


Proteção


Algumas adegas contam com fechadura e as mais sofisticadas com leitor biométrico de impressão digital. Caso tenha vinhos muito caros, prefira a adega com leitor biométrico, pois algumas garrafas custam uma verdadeira fortuna.


A adega deve ter livre circulação de ar entres as gavetas, que elas devem ser vazadas, para que o ar circule internamente e mantenha todas as garrafas em sua temperatura ideal. Algumas marcas apresentam filtros de carvão ativado para garantir um ar interno de alta qualidade, livre de poeira, resíduos e cheiros.


Portas de vidro e iluminação


Ao comprar sua adega procure por um modelo que tenha portas de vidro com proteção dos raios UV. Assim ela não vai precisar ficar em um quarto escuro e garantirá proteção contra a luz.


Algumas adegas contam com iluminação interna, que facilitam a localização do vinho em seu interior, caso opte por comprar uma destas, o ideal é que a lâmpada não gere calor.


Espaço e acesso aos vinhos


Pata ter acesso fácil aos vinhos e não danificar os rótulos prefira modelos com prateleira que deslizam e se inclinam. Assim, você pode escolher os seus vinhos sem ter que ficar puxando as garrafas.


Verifique se o modelo de adega que pretende comprar tem espaço para garrafas de borgonhas, champagnes e de tamanhos especiais. Assim, você pode retirá-las para aumentar o espaço interno e acomodar garrafas maiores.


Modelos de adegas: com compressor ou por aspiração


O limite de refrigeração das adegas por aspiração é de 15 ºC com relação à temperatura externa. Os modelos sem compressor são melhores para adegas pequenas com até 30 garrafas, porque 15º C é uma temperatura aceitável para todos os vinhos. Além disso, irá vibrar menos.


Para as adegas maiores a diferença será menor, o compressor quando ligado pode causar vibrações, mas como são adegas maiores, elas têm mais instabilidade e isso não chega prejudicar o vinho.
Evite comprar modelos com compressores normais de geladeiras, prefira modelos silenciosos e com proteção contra quedas de energia e que não reiniciam seu compressor a cada piscada de luz, evitando trancos no motor.


Qual a temperatura da adega?


A temperatura ideal para armazenamento dos vinhos é 15°C para todos os tipos, porém a temperatura deverá ser da seguinte forma:
  • Brancos – 9°C a 12°C
  • Rosés – 10°C a 13°C
  • Tintos – 15°C a 18°C
  • Sobremesas (vinhos doces) – 8°C a 12°C
  • Fortificados (estilo Porto) – 16°C a 20° C
Porque preciso comprar uma adega ao invés de usar a geladeira de casa?


Os vinhos são muitos sensíveis às oscilações de temperaturas e de luz. Quem aprecia um bom vinho sabe que essas variações podem alterar o sabor, o aroma e até estragar uma garrafa de vinho.


Veja porque a geladeira não é indicada para guardar seus vinhos:


- A geladeira foi projetada para produtos alimentares e não para armazenar seus vinhos;


- A geladeira é feita para resfriar os alimentos rapidamente e não mantém a sua temperatura constante. Essas variações prejudicam o vinho;


- O refrigerador é projetado para remover calor e umidade de produtos alimentícios, vinhos não emitem calor ou umidade. Assim, o ambiente ficará muito seco fazendo com que a rolha se encolha permitindo o ar na garrafa e arruinando seu vinho. Uma adega climatizada não resseca o ambiente e mantém seu vinho em condições ideais de armazenamento.


- Quem não tem muito espaço em casa, pode optar por comprar adegas menores e compactas com capacidade para 6, 16, 20 e 25 garrafas. Essas adegas contam com modernos sistemas de refrigeração eletrônica, que conseguem proteger melhor os vinhos contra o calor, oscilações de temperatura e trepidação. O consumo de energia da maioria delas é baixo, o que impacta pouco a conta de luz.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Harmonizando...

amadeus14

O Vinho é uma bebida que possui tanto variações nas uvas quanto nos processos utilizados pelos produtores. O resultado final de cada rótulo de Vinho é bem diferente um do outro. Assim não só o vinho tinto é diferente do branco, quanto um rótulo é diferente do outro.

O Vinho pode ser ácido, doce, adistringente, tanino, encorpado, leve, e ter diferentes combinações destas características. E estas características vão afertar seu paladar na hora de tormar vinho, em um almoço ou jantar. A refeição escolhida pode ou não combinar com o Vinho, e esta combinação, se for muito ruim, pode dificultar a apreciação tanto da comida quanto do Vinho.
Há regras específicas para harmonizar sabores de um prato e de um vinho. O fundamental é o equilíbrio entre ambos: o prato e o vinho devem se completar e não se sobrepor.

Analisando o Vinho

Durante o processo fermentativo do vinho formam-se várias substâncias químicas naturais. Suas proporções variadas são o que diferenciam um vinho do outro. Assim, o gosto do vinho é determinado por uma série de fatores, responsáveis pela composição: uva, estado de maturação da uva, tipo de vinificação, grau de amadurecimento e envelhecimento.

Dicas de Harmonização

Primeiro entenda que o Vinho é parte essencial da composição de um almoço ou jantar, ele também é um dos alimentos, ou ingrediente da refeição, e portanto ele influencia no paladar do alimento e vice e versa, podendo valorizar ou destruir uma receita.

Uma regra básica é : Carnes e Massas combinam com vinhos tintos, Peixes combinam com vinhos brancos. MAS NEM SEMPRE. Embora esta seja a base não leve esta regra como uma lei pois você precisa ter alguma flexibilidade.

Outra regra básica é que : Vinhos sempre combinam com os pratos das regiões de origem. Um Vinho Português em geral combina bem com comida portuguesa e um Vinho Espanhol com a culinária espanhola. Indo mais longe, um Vinho Tempranillo Crianza Espanhol combina bem com a Paella. A exceção está nos vinhos do novo mundo, como Estados Unidos e Austrália, pois são produzidos para o mercado mundial e não para suas regiões de origem.

A partir daí você deve seguir as dicas de combinação vinho x comida abaixo:

Sabor: Combine o sabor pela Similaridade
  • Nas Carnes você deve usar um Vinho mais potente e complexo.
  • No Frango Marinado, você deve combinar com um Vinho Tinto mais Frutado
  • No Salmão Grelhado você pode tomar um Vinho Branco Leve e Refrescante
Acidez: Combine a acidez pelo Contraste
  • Para Massas com Molho de Tomate você pode combinar com um Vinho Tinto menos acido
  • Para Massa com um Molho Cremoso você combina com um Vinho Tinto mais ácido
Corpo: Escolha um vinho que suporte o alimento
  • Para prato mais leves combine com Vinhos mais jovens.
  • Para pratos mais fortes combine com Vinhos Encorpados.
Um exemplo, para que você entenda a combinação entre vinho e comida. A Feijoada é um prato forte, onde a Laranja combina bem. Portanto podemos ter um Vinho Tinto Encorpado com bons Taninos, que vai combinar bem com o prato forte, ou também escolher um Vinho Branco Cítrico pois sabemos por similaridade que os sabores cítricos, como o da Laranja, combinam com a Feijoda.

Outro exemplo, se preparamos uma massa com molho de tomate, podemos combinar com um Vinho Tinto Jovem de baixa acidez, ou se você preferir tome um Vinho Branco Frutado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Você sabe o que é Terroir?

O que é Terroir? O caminho para chegar à reposta desta questão não é dos mais tranquilos, uma vez que a definição desse termo foi objeto de diversos debates por longos anos. Só recentemente, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) chegou a uma definição oficial sobre seu significado: 

Terroir: conceito que remete a um espaço no qual está se desenvolvendo um conhecimento coletivo das interações entre o ambiente físico e biológico e as práticas enológicas aplicadas, proporcionando características distintas aos produtos originários deste espaço.

Achou complicado? O Guia Larousse traz uma definição um pouco mais clara e menos técnica:

Terroir é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê.

Elementos do Terroir e Micro-Clima

O terroir é formado por alguns componentes (ver box no fim da matéria), que desempenham papéis fundamentais na elaboração do vinho. O solo e a topografia da região vitivinícola, assim como seu clima são os principais destes elementos, que interagem para determinar o que chamamos de "micro-clima" do vinhedo.

Observar e analisar fatores típicos de cada região - tais como: características e qualidade do solo, relevo, altitude e temperatura da região, quantidade e regularidade de luz solar, incidência de chuva, vento e umidade - foi, por séculos, a ocupação dos vitivinicultores. Trabalho esse que servia para determinar a melhor uva para ser cultivada dentro daquele contexto específico e para descobrir qual cepa produziria o vinho de melhor qualidade naquele local.
 
O terroir é o ambiente natural de uma região produtora de vinhos, englobando todos os seus aspectos - não só os elementos do meio ambiente em si, mas também aqueles relativos à atuação do ser humano na elaboração do produto - e que contribui para dar ao vinho uma especificidade única. Um bom enólogo (responsável pela elaboração do vinho) certamente vai se beneficiar do Terroir, extraindo o melhor produto possível de determinado vinhedo. Ou seja, para se fazer um bom vinho, o produtor deve, antes de tudo, conhecer o terroir da sua região.
Exemplos da Interaçãp entre Terroir e o Vinhos

O terroir sempre exerce influência nos vinhos. Existem, contudo, regiões em que essa interação é mais marcante, sendo estudada e reconhecida há muitos anos.

Exemplo claro é a Borgonha, na França. Os vinhos produzidos a partir das uvas ícones da região - a tinta Pinot Noir e a branca Chardonnay - têm características muito diferentes entre si de acordo com o local onde foram elaborados. Assim, analisando especificamente os vinhos da região de Côte d'Or, vemos que os Pinot Noir produzidos em Côte de Nuits (parte norte de Côte d'Or) são excepcionais e encorpados, mas precisam de tempo para evoluir e mostrar todas a variação de aromas e gostos, enquanto que em Côte de Beaune (no sul) se produzem Pinot Noir elegantes e delicados, menos complexos e que precisam de menos tempo para evoluir. É o terroir fazendo toda a diferença.

Outro exemplo famoso é Bordeaux, também na França, onde são utilizadas, predominantemente, as uvas tintas Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc. Um dos rios que corta a região é o Garonne. Em sua margem esquerda, os solos são arenosos com cascalho e, na margem direita, a terra tem composição variada, fazendo com que as castas se adaptem de forma distinta em uma e outra margem. Assim, à esquerda predomina a Merlot, enquanto que à direita, os vinhos têm predominância de Cabernet Sauvignon. Exemplo de vinho da margem esquerda é o ícone Pétrus, rico, potente, complexo e elegante. Da margem direita vem o vigoroso, complexo, harmônico e macio Château Mouton Rothschild.

Dessa forma, mais que uma simples palavra, terroir é um conceito completo e complexo. É um conjunto de fatores que influencia o desempenho do vinhedo, a qualidade da uva colhida e acaba participando da personalidade final do produto, como se fosse uma assinatura de cada região produtora. Não por acaso, o termo não possui tradução em outros idiomas, exprimindo toda a sutileza dessa bebida ao mesmo tempo milenar e atual que é o vinho.




Fonte: Revista Adega

Obikwa Shiraz 2008

Para o povo intéprido Obikwa, a avestruz, que estampa o rótulo do vinho sul africano de mesmo nome que este povo, representa força de vida e companheirismo fiel.

O nome do vinho e a ave que é nele estampada representam muito bem a "marca". Este vinho sul africano foi o primeiro deste pais que degustei e adimito que me surpreendeu, não só pelo seu pelos aromas que logo chegaram ao olfato após a abertura da garrafa como também pela ausência de rolha, fato este que não impediu que o vinho mantivesse muito bem sua força.

É um vinho fácil de beber, mesmo para os que não possuem o hábito de degustar vinhos. Tem uma cor vermelho rubi (púrpura), com lágrimas abundantes e grossas. Seus aromas são deliciosos e de boa intensidade: frutos vermelhos, com toques de especiarias e notas doces.

Tem bom corpo com taninos fortes e vivos... enche a boca e mostra um final frutado e persistente. Envelhecido por 3 meses em barris de carvalho francês. É um vinho que pode ser consumido imediato, mas o tempo está a seu favor, podendo ser guardado por 2 anos.

Minha garrafa deste Shiraz sul africano foi degustado na compahia de minha namorada (Fernanda) em um churrasco de domingo com a cidade em clima chuvoso e temperatura convidativa para a degustação de vinhos. Harmonizou melhor com as carnes brancas e aos 16 graus.

O Rótulo


Vinho: Obikwa
Tipo: Tinto
Castas: Shiraz
Safra: 2009
País: África doSul
Região: Stellenbosch
Produtor: Distell Limited
Graduação: 13,5%
Onde comprar: RM Express
Preço: R$ 26,00

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Trio Reserva Tinto Cabernet 2008 - 90+ pts Robert Parker

O premiado Trio Assemblage tinto Cabernet Sauvingnon é um vinho que demonstra estrutura e grande concentração frutal, seus taninos são firmes e entregam um longo e persistente final. Os 70% da Cabernet Sauvingnon proporcionam a grande concentração frutal com taninos que outorgam o final persistente. Já os 15% da Shiraz apontam a expressividade, vitalidade e exuberância aromática e os 15% restantes da Cabernet Franc dão a elegância, firmeza e equilíbrio deste belo vinho.

Minha garrafa deste magnífico rótulo foi degustada na companhia do amigo Juberlan em uma noite de bate papo sobre vinhos, viagens e família... surgiu até a possibilidade da criação de uma confraria... seria o início da Confraria dos Leigos Atrevidos?... Fica a idéia a ser amadurecida...

A harmonização ficou por com de um bom churrasco, além da boa e descontraída conversa. Mas, também é possível harmonizar esse Assemblage Tinto Cabernet Sauvingnon com carpaccio, patês e terries, queijos maduros e frutas secas.

Um vinho para ficar na memória e no paladar... Não é por acaso que recebeu 90+ pts na Robert Parker, pontuação que lhe confere a classificação de excelente, que sua vez é descrita da seguinte forma: vinho de primeira qualidade, melhor de seu tipo. Equilíbrio perfeito, tonalidade absolutamente limpa e caráter inigualável.

E o preço é igualmente convidativo. Recomendadíssimo!!!

O Rótulo
Vinho: Trio Reserva
Tipo: Tinto Assemblage
Castas: 70% Cabernet Sauvignon, 15% Shiraz, 15% Cabernet Franc
Safra: 2008
País: Chile
Região: Valle del Maipo
Produtor: Concha y Toro
Enólogo: Ignacio Recabarren
Graduação: 14%
Onde comprar: Pão de Açúcar
Preço: R$ 36,00
Estimativa de Guarda : 5 anos
Temperatura de Serviço: 15 graus

Post Scriptum

A arte do assemblage está mais presente em nossas vidas  do que podemos imaginar. Quando cozinhamos, assememblamos ingredientes que juntos se convertem em uma deliciosa preparação que é muito mais que cada ingrediente em separado. E assim podemos encontrar distintas expressões de sinergias, de assemblages em diversos lugares.

No caso dos vinhos, um assemblage reune o que há de mais elegante e completo em cada uma das variedades que o integra.

domingo, 10 de julho de 2011

Indispensáveis na Degustação de Vinhos

Indispensáveis aos amantes de um bom vinho, acessórios como saca-rolhas, cortador de cápsula, bomba vácuo e termômetro ganham destaque na hora de servir e tornam a degustação da bebida muito mais proveitosa. Em modelos e materiais diversos, vendidos separadamente ou compondo kits, esses utilitários são também uma boa alternativa de presente.

Segundo Daniele Fischer, proprietária da Grand Adega, loja especializada em vinhos, o saca-rolhas, por exemplo, é uma peça essencial, que não pode faltar quando se pretende degustar um vinho. Por isso merece mais destaque e atenção. "Existem várias opções que vão dos clássicos e tradicionais aos designers mais modernos. Mas é preciso que estas sejam revestidas de teflon para proporcionar o melhor deslizamento do acessório a rolha".

Há modelos que variam de "T", alavanca única e alavanca dupla. Este é o modelo menos indicado, pois o passo da hélice é muito curto e exige grande esforço. Já a alavanca única também chamada "modelo sommelier" possui uma peça que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o próprio cabo do saca-rolhas.

O modelo de alavanca dupla, no entanto, exige menos esforço e é o mais vendido. Ele possui dois braços laterais que sobem ao se introduzir a hélice na rolha e depois são abaixados, alavancando a saída da rolha. Daniele lembra que dos vários modelos, as peças mais indicadas são aqueles com hastes corretas e longas. "A haste precisa ser longa o suficiente para chegar ao fim das rolhas. Uma garrafa de vinho deve ser aberta com delicadeza e não se pode correr o risco de cortar a rolha ao meio devido a um saca-rolha ruim", assegura.

Outra forma de fazer a remoção da cápsula é utilizar o corta-cápsulas. Ele é um acessório com forma de um "U" cuja abertura quando pressionado no gargalo e girado, corta a cápsula através dos discos de aço existentes na sua base.

Um aspecto importante para garantir a qualidade da bebida é a decantação para oxigenar o vinho. Esse procedimento é necessário quando o vinho apresenta sedimentos, conhecidos como borra. O decanter pode ser feito em vários materiais, no entanto, o mais recomendado é o de cristal. Há, também o apoio do decanter que organiza o espaço destinado para estes acessórios.

Com o vinho aberto, decantado e apreciado é hora de guardar o que sobrou da bebida. Para que seja apreciada por mais tempo, Daniele orienta que seja usado uma bomba a vácuo para retirar o ar da bebida e proporcionar seu sabor original. "A bomba de vácuo possui um êmbolo semelhante ao de uma seringa de injeção que se adapta à uma rolha especial de borracha colocada na garrafa", explica.

Com os movimentos vai e vem do êmbolo, vai-se retirando o ar da garrafa por sucção. Assim, o vinho poderá ser conservado em local bem fresco, por algum tempo.

Por último, mas não menos importante, temos as taças. Com uma grande variedade de modelos, a indicação é que se use aquelas feitas em cristal ou vidro liso transparente para que a cor do vinho possa ser apreciada corretamente.

Utilizando os acessórios corretos, é possível degustar deliciosos vinhos com toda elegância e requinte, aproveitando todas as qualidades da bebida escolhida.

Sendero de Chile - Cabernet Sauvignon

Sua distinção está sem sua cor; roxo rubiprofundo, intenso. Cabernet Sauvignon Sendero é um vinho com notas de amoras, cassis, chocolate, ameixas e baunilha. Um vinho de bom corpo, harmônico e bem balanceado, com um sabor persistente na boca. Um vinho para compartilhar o caminho e seguir avançando.

70% da guarda é em tanques de aço inoxidável durante 3 meses. 30% em barris de carvalho americano de 3 anos de idade por 3 meses.

É um vinho jovem e forte. Ideal para encontros intensos e diferentes. Especialmente quando os amigos se reunem em um churrasco; antes e após o futebol, o tênis, etc. Com o Cabernet Sauvignon Sendero vai muito bem o Cordeiro e em geral todas as carnes vermelhas. Também os queijos maduros.

                                                      O Rótulo

Vinho: Sandero de Chile
Tipo: Cabernet Sauvignon
Safra: 2009
País: Chile
Região: Sendero
Produtor: Concha y Toro
Graduação: 13%
Onde comprar: Pão de Açúcar
Preço: R$ 30,00

sábado, 2 de julho de 2011

Qualidade de um Vinho: como eles são classificados



O mais influente crítico de vinhos de todos os tempos, Robert Parker, baseou o seu sistema de avaliação de vinhos na escala de pontuação utilizada nas escolas americanas (e brasileiras). E em 1978 lançou um jornal chamado The Wine Advocate (antes de se tornar milionário com o vinho, ele era advogado) e passou a dar nota de 50 a 100 pontos para os vinhos que ele degusta, em sua biografia (O Imperador do Vinho – Elin Mccoy) ele se orgulha por degustar cerca de 200 vinhos toda manhã e não precisar mais do que 1 minuto para cada vinho!

Mas, nem tudo é crítica. Em uma época que pouco se sabia sobre vinho, Parker proporcionou aos consumidores uma possibilidade de conhecer vinhos através de um padrão de qualidade determinado – o dele. Mas foi muito importante. Junto ou depois dele outros críticos (Jancis Robinson, Wine Spectator, Hugh Johnson) criaram seus sistemas de pontuação. Alguns de maneira mais instrutiva, outros nem tanto, mas todos tornaram-se as pessoas influentes no mundo do vinho, ao ponto de causar a sorte ou desgraça de um produtor.

Mas até que ponto um vinho 85 ou 92 nos serve ou não. As notas são importantes para um referencial qualitativo, para que as pessoas entendam uma linguagem fácil, mas não têm importância nenhuma se ao apresentar um vinho não se tenha um descritor. O que me adianta ter um vinho branco de 95 pontos se eu não gosto de vinhos brancos!

O sistema de pontuação abaixo segue os padrões dos 100 pontos. Internacionalmente, o vinho deve ter atingido, ao menos, 50 pontos. A pontuação é o resultado da soma dos pontos reunidos na degustação (olhos: 5 pontos; nariz: 15 pontos; boca: 25 pontos; impressão total e potencial: 5 pontos)

75-79 pontos: Médio a bom – limpo, simples, mas harmônico para qualquer oportunidade assim como vinhos potencialmente ótimos, mas com pequeno defeito.

80-84 pontos: Muito bom – tonalidade limpa, harmônico, típico com característica reconhecida. Na maioria das vezes, oferece prazer na degustação.

85-89 pontos: Ótimo – vinho de ótima qualidade, que merece a atenção de qualquer apreciador exigente de vinhos. O vinho deve ter personalidade, tipicidade e profundidade.

90-94 pontos: Excelente – vinho de primeira qualidade, melhor de seu tipo. Equilíbrio perfeito, tonalidade absolutamente limpa e caráter inigualável.

95-99 pontos: Grande – vinho de classe internacional, que proporcionam experiência inigualável, capaz de deixar apaixonados os apreciadores de vinho.

100 pontos: Único – vinho passível de ser feito diferente, mas impossível de ser feito melhor.